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A mostrar mensagens de setembro, 2009

do futuro da poética

"É normal encontrar-se, aqui e ali, alguma ansiedade em torno da sobrevivência da poética no tempo da rede, pelo menos no modo como (culturalmente) a entendemos desde finais do século XVIII. O problema voltou a ser aflorado numa das recentes feiras do livro onde estive presente, a de Viana do Castelo. Para expiar angústias, passo a apresentar uma possível e breve cartilha em sete pontos sobre o futuro específico da ciberpoética. E por saber que o “miedo no es sonso”, como escreveu Borges em El Libro de Arena (1975), daqui a cem anos… vamos ver se não acertei em cheio: 1 – A vida da ciberpoética será cada vez baseada no provisório e num verdadeiro vaivém em oposição a uma vasta tradição que sempre encarou a poesia como inscrição definitiva (uma espécie de magistral ‘sinal dos tempos’). O destino da ciberpoética vai, pois, ser o movimento: fluir e navegar através de permanentes subtracções e adições. 2 – A autoria da ciberpoética tenderá cada vez mais a descolar de marcas individu

TO BE ALONE

TO BE ALONE «To be alone is one of life's greatest delights» D. H. Lawrence uma chávena de chá sobre a mesa um gato de barro um castiçal algumas flores conchas livros um caderno dois novelos de lã e uma revista de tricot – espólio de uma tarde à chuva nessas delícias da solidão que D H Lawrence cantou Soledade Santos (poema publicado em DiVersos 8 ,ed.Sempre-em-pé)