II Soneto para Cesário
      Se te encontrasse, agora, na paisagem  nocturna dos fantasmas da cidade,  contava-te dos nossos pobres versos  no teu rasto de sombra e claridade   Contava-te do frio que há emmedir  a distância entre asmãos e as estrelas,  comlágrimas de pedra nos sapatos  e umcansaço impossível de escondê-las   Contava-te – sei lá! – desta rotina  de embalarmos amorte nas paredes,  de tecermos o destino nas valetas   De uma história de luas e de esquinas,  comretratos e flores damadrugada  a boiarem na água das sarjetas.    Dinis Machado,