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A mostrar mensagens de março, 2012

SEGREDO

Lá, na última das celas nódoa negra de açoites, não há dias, não há noites porque as as noites têm estrelas. Lá, só na sombra que dói. Sombra e brancura de um osso que o preso remói, remói no fundo do seu poço. Lá, quando o vierem buscar amanhã, depois ou logo, terá na alma mais um fogo, mais uma chama no olhar. Luís Veiga Leitão (1912-1987) In "Sonhar a Terra Livre e Insubmissa"