o último poema




Assim eu quereria o meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.



Manuel Bandeira





Comentários

Jefferson Bessa disse…
A beleza, a simplicidade, a paixão na poesia de Bandeira! Lindo. Beijos, amiga!
Jefferson.
Maria Azenha disse…
Ele é lindo:)
Obrigada, amigo,pela partilha.
Beijos,

mariah
Unknown disse…
Lindeza na simplicidade... Esse poema é um dos meus preferidos.

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