FINALMENTE
Demorou...
mas agora sei que sou
vidoeiro e elefante,
couve-flor e cotovia,
carvão, terra e borboleta,
eucalipto e pantera,
cebolinho e peneireiro,
granito e libelinha,
acácia e cavalgadura,
pojo, cardo e andorinha,
pedra mármore e formiga,
palmeira e rinoceronte,
mocho, papoila, urubu, ...
até sou o horizonte!
Demorou...
mas agora sei que sou...
que sou vento,
sol e chuva
e excremento,
ar,
montanha e mar.
Sou tudo o que já acabou,
tudo o que há-de começar.
Agora sei o que sou,
finalmente.
Pobre de quem é só gente!
Sérgio O.Sá
In: "Diário de um Marginal"
Dezembro de 2005
Comentários
muito extensas em poesia, mas neste
poema... resultou de forma soberba.
O final é de mestre! Bom post!
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Agradeço à Poeta esta divulgação.
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Pungente! Belo!
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Abraço.
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regresso ao Grande Silêncio.
:-)
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mt