lamento de menino triste-Ronaldo Costa Fernandes





O azeite ainda se agarra
às paredes do frasco depois de esvaziado.
A água, leve, esvazia-se rápido,
às vezes até evapora, e não deixa resíduo,
nada se gruda à parede do frasco.
Ó mãe, faz permanecer em mim a água da alegria
e me livra do azeite do desengano.

Ronaldo Costa Fernandes


(poema enviado gentilmente por Walter Moura)




Comentários

Lindo!

Uma alegoria bastante abrangente até: metafísica, da conduta humana, hoje até me apetece lê-lo
com uma entoação socio-política... O poema é tão rico que dá para estas leituras todas...
Bom domingo.
dade amorim disse…
Belo poema, como o Walter bem sabe escrever. Um beijo de fim de semana, Mariah, e um excelente domingo.
M.A. disse…
Adeliade,
o poema é de Ronaldo C. Fernandes.

beijo de bom fim de semana

Mensagens populares deste blogue

Grandes são os desertos

visitações , ou o poema que se diz manso