a aranha e o poeta


A aranha tece a teia
Eu o poema
Há milênios fazendo-a perfeita
Eu aprendendo
Todos os pequenos bichos se
enredam no poema-ceia
Só rato, barata, cupim, traça(m) minha teia
A aranha mata a fome na rede
Meu poema tem a fome fiada nos milênios
Diferenças à parte,
a aranha não suporta minha indisciplina


Carlos Gildemar Pontes

Comentários

enre dar


(prendeu-me
na teia)

Mensagens populares deste blogue

Grandes são os desertos

visitações , ou o poema que se diz manso

A Dimitris Christoulas, em Atenas, Abril de 2012